Em um momento borocoxô da minha vida:
Telefone toca.Atendo com a voz embargada.Era minha mãe que do outro lado, aflita, perguntava o que tinha acontecido, se estava tudo bem.
Tá sim, mãe - falei fungando-È que ás vezes eu choro...e estou me sentindo tão sozinha...
-Ah se você morasse perto, eu já estaria aí.Mas minha filha,cuidado para não entrar na depressão.Se arruma e vai dar uma volta.Sai de casa, vai almoçar fora.Compra alguma coisa para você.Tudo por minha conta,viu? E não fica assim não que a vida é muito boa.Ò, morrer todo mundo vai e pra morrer não tem hora não, chega para todo mundo.Vai viver!
Naquele momento pensei: Ui que meda da minha mãe.Leva tudo com tanta naturalidade.Fala da morte com tanta afinidade.
Neste momento sem aquela angústia, posso até cantar rindo a música do Raul Seixas:
"Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida"
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida"
Acho minha mãe a cara da alegria.Ela tem uma animação para vida que ás vezes dá vontade de beliscar para saber se ela é real.
Um comentário:
Pati,boa noite,tbem sou como vc tenho muito medo,nao gosto nem de falar,pra piorar sofro de sindrome do panico,tem dias que é punk,acho q vou ter um treco aí a minha pressao acaba subindo,temos q ter muita fè em DEUS q essa angustia vai passar..bjo e boa semana
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