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" Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho."

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Livre pra voar.

AMOR ‘EM’CONDICIONAL – Um pensamento.


Pronto. Agora sou uma mulher completa. Sou mãe. E eu sei, ser mãe é viver na plenitude.

Estou com sono, meu seio está vazando, algo lá embaixo está doendo. Essa “criança” fez coco de novo, depois de mamar. De novo. E eu só queria dormir, de novo. Novo, novo, novo. Há algo de novo e não sei por que meu sono é maior que minha vontade de trocar aquela fralda. Mas, para tudo! Alguém disse que maternidade é plenitude. Eu não posso esquecer disso. Eu estou plena, estou plena, estou plena. Estou plenamente estranha. Dormi por mim e amanheci por “ela”, mas não houve estágio entre adormecer e acordar. Não sabia que existia cansaço, não sabia que o choro irritava, não sabia que o seio doía, só sabia que tinha que ser I N C O N D I C I O N A L. Calma, eu provavelmente irei sentir esse tal amor incondicional, depois que eu estiver em condições. Mas porque agora não estou sentindo??

Já sei, porque eu não tenho que sentir aquilo que está láaa longe. Fora do meu alcance. Será que eu posso sentir apenas AMOR? Será que eu posso amá-la e querer por ela? E desejar por ela?? Mas se eu quiser e desejar por ela, então já estarei colocando condições neste amor.

É isso. Ajudaria muito se o mundo parasse de dizer que ser mãe é estar plena e que amar um filho não pode ter condições. Menos mulheres sentiriam-se deprimidas se soubessem que ser mãe é um dos fatores de ser mulher e que isso não a completa. Assim como conquistar enfim aquele emprego, não completa. Casar com aquele homem, não completa. Comprar aquele carro não completa.
Não nos completamos nunca e é assim que desejamos continuar nossa caminhada. Pois se algo nos completasse, chegaríamos ao fim.

A maternidade não é o fim. É uma deliciosa descoberta que vem mostrar que não estamos plenas, cheia, repletas, acabadas. Estamos mais incompletas do que nunca e isso é maravilhoso porque mostra o quanto ainda temos para viver.


Izabela recém-nascida,no meu 1º dia das mães em 2008.

Ufa! Agora sim estou livre para viver o MEU amor.

By Caroline M. B. Reisdorfer.

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